Diário

Essa semana foi boa. Boa foi indo e passou. Hoje termina ainda boa, ainda bem. Hoje tenho um almoço em grandes companhias. Ontem tive um lançamento de CD. Muito especial, muito lindo, sutil e sublime. Ontem vesti das minhas melhores roupas, até mesmo um antigo paletó claro, parisiense coloquei. Estava chique. Fui chique pois a semana foi chique também. Quase acabei de ler a tão temida peça "scarbo" do Gaspard de la nuit. Grande avanço. Me enchi um pouco mais da certeza de que este semestre eu me formo e deixo mais uma etapa concluida bem dobrada, como aquela camisa passada e quente na gaveta do armário. Além da música e da música. Essa semana tive reencontros. Revi algumas pessoas que tanto gostei no passado. Revi algumas imagens e até mesmo um anel de sinete tive o prazer de ver. Marcas. A memória nos pregando peça, aparecendo de surpresa nos fazendo saber que fomos vivos, que vivemos e no tempo desaguado de nossas experiências foram cores, sons e perfumes que numa imagem falsa a gente faz reviver, num relâmpago. Ainda essa semana eu passeei com amigos. Fiz-me brega várias vezes. Pensei, "a mão é a porta para o coração, uma mão perfumada é sinal de um coração cheio de amor", logo que passei um creme para às mãos de limão. Conheci um novo lugar para ir. Divertido. 104. Praça da estação. Conheci novas bebidas. E ainda descobri o que quero pesquisar. O projeto de pesquisa. Descobri algo que amo, algo que me inculca e algo que me envolve: um presente. Proust, lendo-o sempre. Declinação: até que enfim entendi o que quer dizer isso. Francês: a volta de um professor perdido, e a minha ânsia de entrar nos trilhos e fazer seguir viagem. E de quebra, descobri que muito do que pensava amar, não amo. E muito daquilo que não via me caio de amores, como diria os ingleses e os franceses. E no final. Estou aqui, de volta à internet, para postar, responder e-mail, olhar orkut e twitter e renovar o sabor da vida, sempre.