quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Para um amigo.

Escrevi isso a um amigo. Me deu saudade. Resolvi lembrar:

Às vezes, quando meus olhos viciados em reflexos imprecisos se perdem no profundo do mundo e atravessam angustiados os corredores da escola, as portas de madeira e os feltros dos martelos que ferem cordas, meus olhos encontram-se com outros olhos diferentemente angustiados, mas eterna e ternamente cúmplices e ali repousam tranquilos, sabidos do amor. Os olhares cruzados, assim como as palavras cruzadas, tecem, então, nossa intimidade e nossa experiência como fina peça de amizade, tecido tênue, profundo e forte e sei que assim segue nosso amor, desbotando as angústias e colorindo os múltiplos caminhos de nossas vidas costuradas.


Um comentário:

Isabela Machado disse...

precisava de um olhar desses hoje...