Não sou muito indignado. Consigo reconsiderar dentro do possível.
Cheiro pó de guarda-roupas. Me faz espirrar. E esperar. Espero.
Não por muito tempo. Canso. E danço.
Bebo chá todos os dias. Ordinariamente. Profilático.
Bebo vinho. Irrisoriamente. À noite.
À noite fria. À noite quente bebo cerveja. À escola bebo cerveja.
Brigo com minha barriga de cerveja.
Brigo com minha sombra silente.
Carente. Brigo com minha foto lânguida. Lúgubre. Triste dentro do possível. Não posso muito. Possuo muito. Muito problema. Cutícula hiper-sensível. Lábios hiper-sensíveis. Me utilizo de soda.
Cáustica. Cáustico. Dentro do impossível. Tenho medo de morte. Não tenho medo de morto. Morto está morto. Impassível. Morte está viva. Eu estou passivo. Não sou passivo. Não sou ativo. Sou moderado. Sou covarde aos fins de semana. Passo a semana corajosamente. Cheiro livro novo. Não cheiro livro usado. Uso perfume pelas manhãs. Tomo banho pelas manhãs. Como manhãs e maçãs.
Sou resfriado. Tenho a garganta calejada. Falo aos cotovelos. Não falo aos homens. Falo aos surdos. Não falo aos mudos. Mudo aos mudos. Mudo ao mundo. O mundo me muda. Planto violetas. Cultivo vedetes em forma de flores. Passo água sanitária na alma. Três vezes. Religiosamente. Cético. Bactericida.
Professo largamente a dor. Sorrio com vísceras. Sorrio impávido.
Sou coercivo. Sou coagido. Sou coágulo. Sou canino na carótida. Sou vampiro nos tempos vagos. Sou vago nos tempos idos. Idoso. Amo deliberadamente os versos. Conspiro com a prosa. Deliberadamente amo. Sou intrigado e apaixonado. Sou trincado quando bato a cabeça.
Não fumo. Bebo delicadamente a uns. Bebo instintivamente a outros. Passo as últimas horas de minha vida pensando em novelos. Em bolinhos de barbantes. Em embaraços. Embaraçado e embasbacado por quem me amarra. Durmo embraçado em sonhos mudos. Para quem nada falo. E dos quais nada escuto.
Um comentário:
Muito sexy!
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