terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Chuva

Desceu do céu uma nuvem,
assim, um pouco atormentada.
Seu semblante pesado, sua
alma escurecida pelo medo.
Veio em lágrimas.
Aqui, na terra, batia ansiosa,
queria atravessar as casas,
queria romper o asfalto,
queria entrar nos homens.
Tremia, ventava, a dor da perda.
O tranquilo que fora outrora,
os desenhos idos e os
pássaros passados, tudo era
e já não sendo queria ser outra coisa.
Foi carinho, tornou-se triste e logo
tornou-se desespero, tempestade.
Chuvia para afogar suas mágoas.

3 comentários:

Analu Oliveira disse...

"minhas magoas usam bóias, não consigo afoga-las!"

Analu Oliveira disse...

consigo acessar qq blog que nao seja o meu! ahnf :(

Joao Vitor Loureiro disse...

E as minhas usam hélio, impossíveis mais ainda de serem afogadas. Se perderam feito balão. Só que voltam de vez em qdo, pra encher o saco.