Que não pese em mim o desejo antigo.
Reparo no céu escuro. Vejo a vida.
Reparo ao redor: calçada, ruas, muro.
Vejo passar triste o silêncio.
E numa folia louca de barulhos
Me permito mergulhar, imensamente.
Me enrosco no frio da noite,
E em sua escuridão escondo o medo.
Caminho devagar, perdendo o tempo,
E fazendo nascer novos meus desejos.
Após a tempestade já dormida e
Antes que o céu se abra em cores.
Quero ser assim milhões de flores,
Fogos, fadas e sabores.
Mas não quero ser abrigo,
Não quero permanecer.
Quero passar de fininho, rio estreito,
Correndo a passos leves, feito brisa,
Driblando as construções, feito vento,
E se lembrança for, ser perfume,
De um tempo limpo e novo.
2 comentários:
muito eu hoje!
uai. cade o brega?
vc tirou.
Postar um comentário